São Paulo é uma das maiores cidades do mundo em termos de número de habitantes, ou seja, são 12.330.000 de pessoas apenas na Capital, sem contar o que chamamos de Grande São Paulo.
Deste número de pessoas, 26,8% apresentam algum tipo de deficiência ou tem mobilidade reduzida, o que mostra a importância de políticas públicas para aumentar a acessibilidade e inclusão, de forma a que estas pessoas possam exercer suas atividades diárias de uma forma mais independente e com total autonomia, sem a dependência de terceiros.
As políticas públicas são necessárias para garantir a efetivação de direitos, mas é muito importante que o grupo a quem se destina estas políticas sejam consultados para entender suas demandas, necessidades e opiniões em relação a este assunto, a exemplo de outros países.
Em nosso país temos a cidade de Uberlândia como um exemplo de acessibilidade. Foi a primeira cidade brasileira a ter a frota de ônibus 100% adaptada, as calçadas são bem cuidadas, com piso tátil e rampas de acesso em todas as esquinas.
A cidade de Dublin, na Irlanda, é o destino mais acessível do mundo para pessoas com deficiência. Os hotéis são totalmente preparados e as atrações turísticas contam com boa infraestrutura, o transporte público é totalmente adaptado com os VLT’s (veículos leves sobre trilhos) com piso baixo e estações com rampas ou elevadores.
Nossa cidade está longe de estar preparada para que a vida destas pessoas seja mais fácil. Embora, já existam algumas leis em vigor, ainda há muito o que fazer, por exemplo:
Transporte Público – apenas 70% conta com acessibilidade
Infraestrutura urbana precária – apenas 500 dos 35 mil quilômetros de calçadas são acessíveis
Mas, acessibilidade vai além de endereçar pessoas com mobilidade reduzida. Pessoas surdas, por exemplo, não contam com espaços preparados para elas. Pessoas com deficiência visual não contam com sinalizações especiais, como aviso sonoro em ônibus ou calçadas com piso tátil.
Pessoas com deficiência auditiva enfrentam sérios problemas no trânsito. Falta muito para que consigam se deslocar com segurança. Por exemplo, não conseguem ouvir o som de buzina ou de uma ambulância para darem passagem.
Embora já existam algumas leis vigentes, é também muito importante a conscientização de todos, mas ainda se percebe desrespeito ou falta de empatia quando, por exemplo, alguém sem qualquer restrição de mobilidade ocupa vagas em estacionamento reservadas a deficientes.
E você, faz a sua parte?